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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

30.1.05

Luz das estrelas 

Nuit étoilée sur le Rhône

Um dos aspectos menos tratados da obra de Van Gogh é o seu interesse pela pintura nocturna. Imagina-se que deve ser difícil pintar em grande obscuridade. É certo que após uma meia-hora na escuridão, a íris vai abrindo e permitindo uma melhor visibilidade do local onde se está. No caso de se estar no exterior sem luz artificial e sem luar, as estrelas ganham um brilho inimaginável.
É assim que eu compreendo estas estrelas de grande halo neste Nuit étoilée sur le Rhône. Se ele tivesse alguma luz sobre a tela, deixaria de conseguir vê-las.


posted by perplexo  # 23:19

Piloto automático 

Há tempos, fui a uma agência de seguros pedir informações sobre um determinado seguro. O funcionário lá me foi explicando qual era o produto que possuía. Quando tentei fazer-lhe outra pergunta, interrompeu-me e seguiu a explicar o que lhe pareceu que era a minha dúvida. Tentei intervir, clarificar a minha dúvida, dizer que não era essa a questão, mas o homem tinha ligado a cassete e prosseguia impávido.
Arrisquei: -«o senhor não ouviu o que eu disse, pois não?». E era verdade – não ouvia e falava, falava.
Mantendo o mesmo tom de voz, comecei a falar por cima da fala dele: -«esta situação é muito curiosa: estamos aqui os dois a falar um para o outro e nem o senhor ouve o que eu digo, nem eu ouço o que o senhor diz. Estamos os dois a falar cada um para seu lado! É extraordinário!».
Estes 2 monólogos simultâneos prosseguiram uns bons 20 ou 30 segundos até que ele «acordou» e se apercebeu da situação: -«Desculpe!?».
-«Ah, finalmente» – respondi eu, indelicadamente – «só queria que o senhor me ouvisse!». A partir daí, estabeleceu-se um atento e cortês diálogo e eu obtive a informação que pretendia.

29.1.05

Pés frios? 

Está frio! Normalmente a pessoa defende-se, mas às vezes, é apanhada desprevenida, ou porque anda em viagem pela província ou está noutra situação em que não pode recorrer a um aquecimento qualquer. E o pior é quando vai para a cama com os pés frios. É altamente difícil e desagradável adormecer com os pés frios. (Deve ser por isso que há tanta gente a tentar arranjar quem lhe «aqueça os pés»:). Um princípio é esticar as pernas para que a circulação se faça bem e os pés possam aquecer por eles. Mas, quando o resultado é duvidoso, pode-se usar o seguinte estratagema: baixar as calças (eh lá!) de pijama até estarem todas a envolver os pés. O rabo e as pernas aguentam melhor o frio e esse calorzinho nos pés é suficiente para adormecer consolado!

27.1.05

Best of... Janeiro de 2004 

A influência anglo-saxónica manifesta-se nos mais subtis pormenores. É frequente ouvir chamar O (Ó), ao tipo de sangue 0 (zero). Isto, porque não se espera encontrar um algarismo num conjunto de letras, mas sobretudo porque os americanos dizem «ó», em vez de «zero». Como os brasileiros dizem «meia» em vez de «seis». Ás vezes.
Os grupos sanguíneos (fenotípicos) humanos foram agrupados sob 4 designações principais: A, B, AB e 0. Porquê? Porque o tipo A tem nos glóbulos vermelhos uma substância designada antigénio A, o B tem outra diferente designada antigénio B, o AB tem ambas e o 0 não tem nenhuma delas. É por isso que se designa «zero» e não «ó».

24.1.05

Dedicado ao Ironia… 

Um chato, que tinha um filho igualmente chato, já farto das insistentes perguntas do filho, resolveu explicar-lhe os grandes mistérios do mundo, tintim por tintim.

23.1.05

O prestígio do «óleo sobre tela» 

Hoje vi um quadro com uma moldura bonitinha e uma pretensiosa plaquinha metálica onde se lia: «Óleo em tela». Uma ou outra vez, estas plaquinhas identificam o artista, mas geralmente divulgam o nome da obra. Curioso este título, para uma paisagem!
A técnica parecia acrílico sobre platex!

22.1.05

Boato 

Sócrates e Santana têm um caso. Não é novidade nenhuma. É do conhecimento público e todos os economistas o acentuam – têm um caso bicudo para resolver, seja qual for o que chegue ao poder, dada a situação económica em que o país está.

Há governantes que ficam muito incomodados com a aceitação que os boatos têm. Os de carácter privado são condenáveis, mas em relação aos outros… As pessoas estão habituadas a que as instâncias oficiais escondam os erros que cometem. Que não cultivem a transparência. Que prefiram tentar esconder o erro que assumi-lo. Se não fosse a informação descobrir um ou outro, nem esses sabíamos. Argumentam depois que são assuntos confidenciais ou de segredo de Estado ou que não havia necessidade de alarmar as pessoas.
Além da sonegação da verdade acerca de problemas que por vezes escapam à capacidade de governação, os governantes geram pelo seu lado, mentiras que lançam à populaça para poderem fazer as suas falcatruas antidemocráticas, com capa legal. Veja-se a construção da mentira acerca do Iraque para poder atacá-lo com alguma letargia inicial da opinião pública mundial.
Se o ambiente social fosse de confiança nos governantes por eles serem «livros abertos», os boatos não medravam. Assim, o cidadão tem o sentimento que não deve acreditar na versão oficial, que deve procurar formas alternativas de estar informado. É quase uma obrigação acreditar no boato. Este é um assunto em que se pode aplicar uma construção mental conhecida: «não acredites nos governantes, mesmo que não saibas porquê. Eles sabem!».

21.1.05

Salpicos de memória 

Certo ano na faculdade, um professor trocava-me sistematicamente o nome chamando-me «Francisco». A princípio, corrigi-o, mas como não era o único aluno a quem ele trocava o nome, não insisti. No entanto, no teste escrito seguinte, a seguir ao meu nome escrevi «(Francisco)».
Não se irritou com este atrevimento, até se riu. Se bem me lembro, passou a tratar-me pelo meu nome verdadeiro.

Que atraso de vida… 

A origem dos atrasos duma pessoa que normalmente anda e chega atrasada a todos os compromissos, quer sejam pessoais ou interpessoais, raramente tem uma causa real.
O «atrasado» respeita pouco os outros e o tempo deles.
O «atrasado» detesta esperar e aponta a sua chegada para o limite mais tardio.
O «atrasado» avalia mal o tempo que gasta em cada tarefa e não as tem todas em mente. Esquece que até descer um lanço de escadas consome umas dezenas de segundos.
O «atrasado» quer aproveitar bem o tempo e avança para uma outra tarefa se acha que está adiantado.
O «atrasado» só fica infeliz se as circunstâncias o atrasarem muito mais que o atraso habitual.
O «atrasado» fica magoado se lhe fizerem sentir que está atrasado. Entende que o seu atraso habitual deve ser reconhecido como «feitio».
O «atrasado» é um infeliz que incomoda os outros.
Desculpem lá o atraso…

18.1.05

Maioria absoluta: precisa-se? 

Irritado com os que clamam por alterações na lei eleitoral que facilitem a criação de maiorias absolutas – Sampaio incluído – republico hoje os meus posts de 4 a 7 de Junho último. Espero neles defender bem o meu ponto de vista e contribuir para uma discussão onde não há verdades definitivas.

Representatividade
O sistema de eleições que usamos é bastante avançado, se comparado com, por exemplo, o americano ou o alemão, mas fica ainda a milhas do apregoado ideal de: um homem – um voto. Se a partir de 18 anos todos podem votar, nem por isso a igualdade de voto está assegurada. É que, baseando-se numa pretensa representatividade parlamentar directa, onde o eleitor teria «o seu» deputado na Assembleia, há variados círculos eleitorais, em vez de um único círculo nacional.
(A pseudo-representatividade directa é de tal ordem que os partidos põem como cabeças-de-lista nomes sonantes, mesmo que nunca tenham parado naquele círculo eleitoral).
Este modelo limita o acesso à Assembleia aos partidos pequenos, que chegam a necessitar de 40 ou 50.000 votos só num distrito para conseguirem eleger 1 deputado, enquanto aquela votação num círculo nacional elegeria 2 ou 3 deputados. Isto é assumido por quase todos os países, argumentando-se com a facilitação que tal proporciona à formação de maiorias parlamentares e/ou governativas. Há anos, na Alemanha, só partidos com pelo menos 5% tinham entrada no Parlamento.

Representatividade adulterada
Porque é que os partidos pequenos ficam prejudicados? Devido às características do método aplicado – o método de Hondt.
O método, descrito neste site, http://www.stape.pt/legisl/artigo16.htm, atribui os mandatos de cada círculo aos maiores quocientes, quando o número de votos de cada partido é dividido sucessivamente por 1, 2, 3, etc. Exemplificando: Num círculo que tem direito a 7 deputados e onde houve 100.000 votos, 49.000 no partido A, 39.000 no partido E e 12.000 no partido U, são os seguintes os quocientes:
A – 49.000 : 24.500 : 16.333 : 12.250 : 9.800 : etc.
E – 39.000 : 19.500 : 13.000 : 9.750 : 7.800 : etc.
U – 12.000 : 6.000 : 4.000 : 3.000 : 2.400 : etc.
donde os maiores 7 elegem um deputado: Verifica-se que um partido com 12% de votos não elegeu nenhum deputado e um partido com 49% dos votos elegeu 57% dos deputados. Se isto mesmo se passasse em 10 distritos, o partido U, embora com 120.000 votos no total, não elegeria nenhum deputado, mas elegeria 8, se os 10 círculos estivessem agrupados só num. É tão verdade este favorecimento dos partidos grandes, que, ainda assim, neste grande círculo eleitoral, o partido A, com 49% dos votos, elege 50% dos deputados (35), o partido E, com 39% dos votos elege 38,6% de deputados (27) e o partido U, como já vimos, com 12% dos votos, elege 11,4% dos deputados (8). Ainda favorecendo os grandes, não se compara à situação de múltiplos círculos eleitorais.
Este favorecimento é assumido no próprio site do STAPE, onde se pode ler: «Entre as características do método de Hondt importa assinalar o encorajamento à formação de coligações, uma vez que o agrupamento de partidos leva a conseguir maior número de mandatos do que se concorressem isoladamente. Favorece no entanto os grandes partidos, não satisfazendo o critério da quota».

Voto útil
Significa isto que devemos votar «útil», para evitar «desperdiçar votos»? Haverá situações em que isso poderá ser conveniente, mas a maioria das vezes não se trata de verdadeiras emergências. E no fim, fica-se sempre com a sensação que não se escolheu bem o que se queria, mas um sucedâneo. É como se, indo comprar pano para uma bandeira do Benfica, e não havendo vermelho, se aceite levar pano cor-de-laranja, que ainda assim é mais parecido, que outros azuis e verdes que há na loja. A entorse representativa não tem solução votando útil. A questão deve ser resolvida pela diminuição dos círculos eleitorais para um único. Para que nos aproximemos do ideal de: 1 homem – 1 voto. Por enquanto, 1 voto num partido grande, vale mais que 1. Vale até mais que 1,16 para um partido que obtenha 43% de votos. Pelo menos esta tem sido uma percentagem que cada partido aspira em eleições, declarando mesmo que isso lhe dá maioria absoluta. E se há votos que valem mais que 1, outros há que valem menos que 1. Ora não é a isso que uma sociedade democrática devia aspirar.

Gostos
Os grandes partidos clamarão contra a possibilidade de haver 10 ou 15 pequenos partidos na Assembleia com 1 ou 2 deputados cada. Não vejo nisso um problema mas um enriquecimento. A riqueza intelectual duma sociedade assenta exactamente na multiplicidade de ideias a competir em liberdade. Imaginem que na Grécia Antiga se ficava só com Aristóteles e Platão, deitando fora Empédocles, Zenão, Epicuro, Demócrito, Aristarco!
Se o sistema tem medo de não formar maiorias estáveis, é porque o sistema não está seguro da sua razão. Governar pode não ser fácil, mas uma facilitação não deve ser baseada no emudecimento das minorias (e logo, na adulteração da democracia). Até porque não se vê uma vantagem ética e politica incontestável nas filosofias politicas das maiorias habituais. É bom ter presente que a razão das maiorias, também é relativa. É que, apesar de uma imensa maioria composta por 5 triliões de moscas achar que «a merda é gostosa», todos os leitores deste blog estarão de acordo em que há toda a legitimidade para discordar dessa preferência gastronómica…

Flor da Rosa 

15.1.05

«Salvo» pelo gongo 

Apenas se soube do recente atentado contra israelitas, Sharon cortou logo relações com o recém-eleito líder da Autoridade Palestiniana. Até parece que ficou contente. Parece que foi uma bênção que lhe caiu do céu, porque não tinha ainda nenhuma desculpa para não negociar com a nova Autoridade. Se calhar, ainda acredita que consegue segurança em Israel sem desocupar a terra alheia e assinar a paz, o insensato!

14.1.05

XXX 

Ontem, vi um cartaz numa loja de roupa que anunciava que «Temos tamanhos XXXL». Quê? É evidente que a redução a 3 tamanhos: S, M e L era uma redução exagerada que não podia dar resposta à heterogeneidade humana. Pelos vistos são necessários pelo menos 3 X, mas serão suficientes? Querer manter o sistema acrescentando tantos X quantos necessários é ridículo e pouco prático: contei 7 ou 8 X? Eu, se tivesse uma loja de roupa, introduzia um sistema mais alargado – o sistema P-C-M-A-G-V-B: Pau de virar tripas, Carga d’ossos, Magra, Avião, Gorda, Vaca e Baleia.
Nota: (o título deste post vai trazer-me milhares de visitantes, mas o conteúdo vai afastar alguns visitantes decentes!)

13.1.05

Dinheiro fácil 

As seguradoras retiraram a cobertura de danos por actos terroristas que fazia parte de muitos seguros multi-riscos para habitação e outros. Isso aconteceu devido ao aumento de risco de atentados terroristas calculado depois do 11 de Setembro. Agora, preparam-se para retirar a cobertura por danos causados por fenómenos sísmicos, numa altura em que se diz abertamente que Portugal vai sofrer um grande terramoto, mais década, menos dia. Isto é, às companhias de seguros só interessa cobrir riscos muito improváveis. E baratinhos. Há quem lhes chame chulos.
Por outro lado, que interessa a alguém segurar riscos (e aumentar o prémio para o dobro), que a acontecerem, ninguém vai pagar? É que os prejuízos somados poderiam elevar-se a tais montantes que as seguradoras não teriam capacidade para os pagar.
Um seguro justifica-se para riscos que podem pôr em causa um normal devir económico de alguém. Seria o caso da destruição da habitação. Acho piada a quem segura riscos que, a acontecerem, são perfeitamente acessíveis a qualquer bolsa – um vidro partido, uma quebra de antena.

10.1.05

Piada fácil 

Um relatório emitido por uma Agência Internacional revela que Portugal é um dos países com menos corrupção. Um amigo meu acha que houve aqui dinheiros por fora.

9.1.05

Os benefícios do futebol 

O futebol é, para mim, muito importante culturalmente. Hoje, pelas 13 horas, liguei para a RTP: estava a transmitir imagens de futebol – parece que houve ontem um Sporting-Benfica. Mudei para a SIC: estava a falar do Tsunami do Índico. Só lá permaneci 20 segundos porque passou para o futebol. Mudei para a TVI: estava a falar o treinador do Benfica. Mudei para a SIC-Notícias: falava dum assunto que já não me lembro, mas logo de seguida passou para o futebol. Mudei para a RTP-N, onde me mantive mais de meia hora. Foi assim que tive oportunidade de assistir a um programa sobre endocrinologia e ambiente e os efeitos nefastos que um ambiente cada vez mais poluído tem tido para a saúde. Muito interessante. Sem o futebol, tinha-o perdido. Só lhe posso estar agradecido!

7.1.05

Conselho 

O meu conselho mais recente:
- Vai com calma que a vida tem muitas curvas!

Alguém conhece? 

Dejá vue


Há dias, deparei com esta pintura sobre um platex muito degradado. Tem umas ressonâncias de Chagall ou de Júlio dos Reis Pereira. Fiquei com a sensação indelével que não me era estranha, que já a tinha visto algures. Será que é só pelas evocações que desencadeia ou é uma cópia duma obra conhecida? Tê-la-ei visto exposta num café ou num museu? Ou, muito provável, é apenas o conhecido fenómeno do «dejá vu», que se acentua quando há uma empatia com o objecto ou pessoa observada?
Se alguém conhece esta obra, tire-me desta incerteza.

4.1.05

Tradutore/Traditore 

Mesmo que não se seja fluente em inglês, de vez em quando há umas traduções que nos arranham os ouvidos. Uma que frequentemente me incomoda nas legendas dos filmes e séries é a tradução de «a couple of» por «dois» ou «duas». Já viram o ridículo de uma personagem dizer que alguma coisa lhe custou «a couple of bucks» e a legenda especificar «2 dólares»? Seria perfeitamente aceitável um mal definido «um par de dólares» mas mais correctamente deveria ler-se «alguns dólares». Ou «várias cervejas», para «a couple of beers». Ou «umas semanas», para «a couple of weeks».
Anos e anos passados, hoje li um correcto «alguns», numa reportagem da série 60 minutos da Sic Notícias. Não consegui ler o nome do tradutor, mas de qualquer modo, parabéns! E obrigado!

2.1.05

O que é um Tsunami? 

Tsunami (substantivo masculino) é uma palavra japonesa que pode ser traduzida por «onda de porto». É uma série de ondas gerada por uma perturbação vertical da coluna de água pelo impacto dum meteorito, um terramoto ou um deslizamento de terras, uma erupção vulcânica ou uma explosão.
Um Tsunami difere das ondas geradas pelo vento, como as que vemos na praia, pelos maiores período e comprimento de onda. As ondas geradas pelo vento têm geralmente intervalos de 5 a 20 segundos e uma distância entre elas de 100 a 200 metros. Um Tsunami pode ter, entre ondas sucessivas, um intervalo de 10 minutos a 2 horas e uma distância de 500 km.

A sua velocidade é proporcional à profundidade das águas. Num oceano de 6000 metros de profundidade, o Tsunami viaja a uma velocidade de 900 km por hora – a velocidade dum jacto. Pode atravessar o Pacífico em menos dum dia. Por outro lado, a sua altura é inversamente proporcional à profundidade das águas – num oceano profundo a diferença entre crista e fundo da onda é de poucas dezenas de centímetros. Não são sentidos pelos navios nem percebidos do ar.
À medida que a profundidade das águas decresce, o Tsunami abranda a velocidade mas aumenta a altura da onda que pode atingir dezenas de metros, mantendo constante a energia que depende tanto da velocidade da onda como da sua altura. Quando atinge a costa pode aparecer como uma maré repentina, uma série de ondas gigantes ou um muro de água.
(Adaptado de www.spaceguarduk.com/cd/dict/dictionary/tsunami.htm)
P.S.: A perturbação vertical inicial desloca, por vezes, centenas de quilómetros cúbicos de água.

Um suave sorriso 

Sucedem-se os relatos de sobrevivências extraordinárias associadas ao Tsunami que devastou muitas praias do Índico. No entanto, a história que mais me toca é a da menina inglesa de 10 anos que estando numa praia de Phuket, reconheceu no comportamento estranho do mar, com bolhas e com uma inesperada maré baixa, os sinais do perigo que se aproximava. Lembrou-se do que tinha aprendido, havia 2 semanas numa aula de Geografia, sobre sismos no mar e formação de ondas gigantes. O aviso da menina, levado a sério pela mãe, permitiu evacuar a praia e um hotel próximo, antes da chegada do Tsunami. Nessa praia, ninguém morreu.
Não sei o que nesta história mais contribui para me humedecer os olhos, se o poder da ciência, se o valor do ensino e da aprendizagem, se a capacidade de a mãe ouvir a filha, se a imagem duma criança (como nos filmes), a pôr em marcha uma acção que se vem a revelar crucial para a sobrevivência dum colectivo de 100 pessoas.
Bonita notícia para começar um ano!
P.S.: Notícia completa aqui: http://www.itv.com/news/world_1535151.html

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